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sábado, 6 de agosto de 2011

Ceara Mirim: Criado o plano municipal de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes

FOTO EXTRAÍDA DO SITE GIRO-RN.COM
Com o objetivo de estabelecer um conjunto de ações articuladas e traçar estratégias eficientes para ações de combate ao abuso sexual de menores, a Prefeitura de Ceará-Mirim, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social-Semthas, em parceria com outros órgãos governamentais e não governamentais, elaborou e criou o Plano Municipal de Combate e Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

O lançamento acontece nesta quarta-feira 30/03/2011 em Audiência Pública de apresentação doPlano, marcada para às 9h no auditório “Prefeito Roberto Varela” da Estação Cultural, com a presença do prefeito Antônio Peixoto.

O Plano Municipal de Combate e Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-juvenil, de Ceará-Mirim, foi criado partindo do princípio de que no Brasil, as estatísticas mostram que a violência e a exploração sexual de crianças e adolescentes crescem assustadoramente, refletindo ligeiramente em Ceará-Mirim, que mostrou um aumento significativo nas notificações de casos envolvendo esse tipo de violência.

Média de denúncias de exploração sexual infantojuvenil aumenta 75 %


exploracao_sexual_infanto_juvenilDe janeiro a março deste ano, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) recebeu 22 denúncias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes em Mossoró, o que representa uma média de 7,3 casos por mês. O total representa um aumento de 75% na média de denúncias realizadas durante todo o ano de 2010, quando 4,8 casos de abuso e exploração foram identificados por mês, somando 57 no total.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Mirna Aparecida, os números não representam um aumento dos casos e sim uma maior consciência da população em relação ao problema. "Hoje, as pessoas estão mais conscientes da importância de se fazer a denúncia quando constatam alguma situação suspeita, o que representa um grande avanço", diz a presidente do Comdica.
Com o objetivo de tentar mobilizar a sociedade, o 18 de maio foi instituído pela Lei Federal nº 9.970, em 2000, como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida em razão do crime ocorrido no Brasil em 1973, quando a criança Aracelli Cabrera Sanches Crespo, 8 anos, foi brutalmente assassinada após ter sido espancada, drogada e estuprada.
"Nessa data, procuramos chamar a atenção da sociedade para o problema, mas nossas ações são desenvolvidas cotidianamente, pois esses crimes existem e estão próximos da gente", explica Mirna Aparecida.
Apesar do aumento do número de denúncias, os crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescente ainda são difíceis de serem identificados. Segundo a presidente do Comdica, muitas vezes o abuso e a exploração acontecem no próprio círculo familiar. "As crianças que sofrem esses crimes não têm maturidade suficiente para entender a situação, e o que vemos hoje é um pacto de silêncio que dificulta a identificação desses casos".
A presidente explica que muito mais do que consequências físicas, o abuso e a exploração sexual acarretam uma série de problemas psicológicos, que vão desde a dificuldade na aprendizagem até distúrbios de comportamentos e socialização. 
PROGRAMAÇÃO
Durante todo o dia, as equipes do Creas, Cras (Centros de Referência de Assistência Social), Casa da Nossa Gente e Peti estarão realizando parceria com outras instituições do município.
Na ocasião, serão promovidas diversas blitze sociais em alguns pontos da cidade, seguido de 
caminhada pelos bairros, com o objetivo de estimular a sociedade a denunciar esse tipo de violência contra a criança e adolescente.
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, por intermédio do Creas, através do telefone 3315-4882, ou do Comdica, pelos telefones 3315-4808/ 3315-4809.
FONTE: JORNAL O MOSSOROENSE
Quarta-feira, 18 de Maio de 2011 

Mossoró registra 125 casos de abuso sexual infantil em 2010


Entidades realizaram uma programação volante com o objetivo de chamar a atenção da sociedade
Com o tema 'Faça bo­ni­to - pro­te­ja nos­sas crian­ças e adolescentes', o Cen­tro de Re­fe­rên­cia Es­pe­cia­li­za­do na As­sis­tên­cia So­cial, Creas, rea­li­zou uma pro­gra­ma­ção para co­me­mo­rar ao Dia Na­cio­nal de Luta Con­tra o Abuso e a Ex­plo­ra­ção Se­xual de Crian­ças e Ado­les­cen­tes. Du­ran­te todo o dia de hoje, 18, vá­rias equi­pes do Creas, Con­se­lho Tu­te­lar, Agen­tes de Pro­te­ção, Po­lí­cia Ro­do­viá­ria Fe­de­ral (PRF), Se­cre­ta­ria da De­fe­sa So­cial e Agen­tes de Trân­si­to rea­li­za­ram blitz em di­ver­sos pon­tos da ci­da­de.

A ação acon­te­ceu em pon­tos es­tra­té­gi­cos como: Posto da Po­lí­cia Ro­do­viá­ria Fe­de­ral - saída para For­ta­le­za, e Posto Fis­cal, na BR-304; nas ime­dia­ções do Oba Show res­tau­ran­te. Ainda pela manhã, as equi­pes vi­si­ta­ram os mo­to­ris­tas de táxi e de ôni­bus na Ro­do­viá­ria de Mos­so­ró e na ave­ni­da Fe­li­pe Ca­ma­rão, no bair­ro Ae­ro­por­to em fren­te ao Cajarana's bar. Ou­tras equi­pes fi­ze­ram o sen­ti­do in­ver­so, aler­tan­do con­du­to­res a par­tir do posto da PRF na saída para Natal; em fren­te da Uni­ver­si­da­de do Es­ta­do do Rio Gran­de do Norte (Uern); Ufer­sa, res­tau­ran­te Arte da Terra; Ave­ni­da Pre­si­den­te Dutra; cru­za­men­to da Ave­ni­da Dio­ce­sa­na com a rua Dr. João Mar­ce­li­no e tam­bém no trevo do Mos­so­ró West Shop­ping.

"O ob­je­ti­vo des­sas in­ter­ven­ções junto aos mo­to­ris­tas de ôni­bus, al­ter­na­ti­vos, ca­mi­nho­nei­ros, ta­xis­tas e a so­cie­da­de em geral é sen­si­bi­li­zar a todos sobre o com­ba­te a ex­plo­ra­ção se­xual in­fan­til. Vá­rias equi­pes foram es­pa­lha­das pela ci­da­de no in­tui­to de for­mar­mos uma cor­ren­te em de­fe­sa das nos­sas crian­ças. For­ma­mos uma rede de com­ba­te a esse crime", in­for­mou Laura Po­lia­na Ro­dri­gues, As­sis­ten­te So­cial.

Se­gun­do a as­sis­ten­te so­cial em Mos­so­ró, a luta con­tra esse abuso é cons­tan­te, já que o pro­ble­ma é cres­cen­te. Se­gun­do dados do Con­se­lho Tu­te­lar de Mos­so­ró, so­men­te no pri­mei­ro tri­mes­tre deste ano 152 casos de vio­la­ção dos di­rei­tos de crian­ças e ado­les­cen­tes foram re­gis­tra­dos. No en­tan­to, os nú­me­ros não tra­du­zem to­tal­men­te a rea­li­da­de. As es­ta­tís­ti­cas mos­tram que ape­nas 5% dos cri­mes são de­nun­cia­dos. Esse nú­me­ro pe­que­no re­ve­la que as pes­soas ainda têm medo de de­nun­ciar "So­men­te esse ano, cin­qüen­ta e sete ado­les­cen­tes foram aco­lhi­dos e ses­sen­ta e oito acom­pa­nha­dos psi­co­lo­gi­ca­men­te pelo Creas, ví­ti­mas de abuso se­xual. " afir­ma Laura Po­lia­na.

O tra­ba­lho de­sen­vol­vi­do na manhã de hoje foi di­re­cio­na­do para os mo­to­ris­tas de taxi, ôni­bus, ca­mi­nhões. "Re­sol­ve­mos focar nes­sas ca­te­go­rias, por que cons­ta­ta­mos que a maio­ria des­ses ado­les­cen­tes, aten­di­dos pelo Creas, não são de Mos­so­ró e sim dos es­ta­dos vi­zi­nhos. Um dado alar­man­te que preo­cu­pa as au­to­ri­da­des e pre­ci­sa ser com­ba­ti­do", con­si­de­ra.

Ela in­for­ma ainda que Mos­so­ró foi des­ta­que em uma pes­qui­sa rea­li­za­da pela Po­lí­cia Ro­do­viá­ria Fe­de­ral (PRF), fi­can­do em pri­mei­ro lugar no Rio Gran­de do Norte com es­pa­ços vul­ne­rá­veis para a ex­plo­ra­ção. Esses es­pa­ços são os bares, pos­tos de com­bus­tí­veis, entre ou­tros. "Esse fator, so­ma­do a fa­ci­li­da­de de aces­so a mo­téis, se con­fi­gu­ra como uma si­tua­ção preo­cu­pan­te", ex­pli­ca.

His­tó­ri­co

O Dia Na­cio­nal de Luta con­tra o Abuso e a Ex­plo­ra­ção Se­xual, 18 de maio, ins­ti­tuí­do pela Lei Fe­de­ral nº 9970/00, terá mo­bi­li­za­ções em todo o País. O ob­je­ti­vo das ati­vi­da­des é cons­cien­ti­zar a so­cie­da­de bra­si­lei­ra para o en­fren­ta­men­to da vio­lên­cia se­xual infanto-juvenil. A mo­bi­li­za­ção, que se es­ten­de­rá por toda a se­ma­na, é ar­ti­cu­la­da pelo Co­mi­tê Na­cio­nal de En­fren­ta­men­to à Vio­lên­cia Se­xual Con­tra Crian­ças e Ado­les­cen­tes, com o apoio do Go­ver­no e de par­cei­ros.

A data foi es­co­lhi­da por­que em 18 de maio de 1973, em Vitória-ES, um crime bár­ba­ro cho­cou todo o país e ficou co­nhe­ci­do como o "Crime Ara­ce­li". Esse era o nome de uma me­ni­na de ape­nas oito anos de idade que foi rap­ta­da, dro­ga­da, es­tu­pra­da, morta e car­bo­ni­za­da por jo­vens de clas­se média alta da­que­la ci­da­de. Esse crime, ape­sar de sua na­tu­re­za he­dion­da pres­cre­veu im­pu­ne.
FONTE: JORNAL CORREIO DA TARDE
Publicado no Dia 18/05/2010
De­ni­se San­tos

DR. LUIZ MANOEL FERNANDES SOBRINHO

Dr. LUIZ MANOEL FERNANDES SOBRINHO, natural de Caraúbas, nascido a 28 de fevereiro de 1856, filho do Coronel BENEVENTO PRAXEDES DE OLIVEIRA  e de  MARIA MESSIAS DE OLIVEIRA FERNANDES. Diplomado pela Faculdade de Direito do Recife na turma de 1891

Violência Doméstica

O que é a violência doméstica

A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.
Trata-se de um problema que acomete ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico, como poderiam pensar alguns.
Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.
Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico.
A Unicef estima que, diariamente, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. Os acidentes e as violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País, segundo dados de 1997.
 
 

Tipos de Violência

Violência Doméstica, segundo alguns autores, é o resultado de agressão física ao companheiro ou companheira. Para outros o envolvimento de crianças também caracterizaria a Violência Doméstica.
A vítima de Violência Doméstica, geralmente, tem pouco auto estima e se encontra atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou material. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do ato agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, para depois repeti-lo.
Em algumas situações, felizmente não a maioria, de franca violência doméstica persistem cronicamente porque um dos cônjuges apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele ambiente, sejam por razões materiais, sejam emocionais. Para entender esse tipo de personalidade persistentemente ligada ao ambiente de violência doméstica poderíamos compará-la com a atitude descrita como co-dependência, encontrada nos lares de alcoolistas e dependentes químicos.
Para entender a violência doméstica, deve-se ter em mente alguns conceitos sobre a dinâmica e diversas faces da violência doméstica, como por exemplo:

Violência Física

Violência física é o uso da força com o objectivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objectos e queimaduras por objectos ou líquidos quentes. Quando a vítima é criança, além da agressão activa e física, também é considerado violência os factos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis.
Quando as vítimas são homens, normalmente a violência física não é praticada directamente. Tendo em vista a habitual maior força física dos homens, havendo intenções agressivas, esses factos podem ser cometidos por terceiros, como por exemplo, parentes da mulher ou profissionais contratados para isso. Outra modalidade é as agressões que tomam o homem de surpresa, como por exemplo, durante o sono. Não são incomuns, actualmente, a violência física doméstica contra homens, praticados por namorados (as) ou companheiros (as) dos filhos (as) contra o pai.
Apesar de nossa sociedade parecer obcecada e entorpecida pelos cuidados com as crianças e adolescentes, é bom ressaltar que um bom número de agressões domésticas é cometido contra os pais por adolescentes, assim como contra avós pelos netos ou filhos. Dificilmente encontramos trabalhos nessa área.
Não havendo uma situação de co-dependência do(a) parceiro(a) à situação conflituante do lar, a violência física pode perpetuar-se mediante ameaças de "ser pior" se a vítima reclamar há autoridades ou parentes. Essa questão existe na medida em que as autoridades se omitem ou tornam complicadas as intervenções correctivas.
O abuso do álcool é um forte agravante da violência doméstica física. A Embriagues Patológica é um estado onde a pessoa que bebe torna-se extremamente agressiva, às vezes nem lembrando com detalhes o que tenha feito durante essas crises de furor e ira. Nesse caso, além das dificuldades práticas de coibir a violência, geralmente por omissão das autoridades, ou porque o agressor quando não bebe "é excelente pessoa", segundo as próprias esposas, ou porque é o esteio da família e se for detido todos passarão necessidade, a situação vai persistindo.
Também portadores de Transtorno Explosivo da Personalidade são agressores físicos contumazes.  Convém lembrar que, tanto a Embriagues Patológica quanto o Transtorno Explosivo têm tratamento. A Embriagues Patológica pode ser tratada, seja procurando tratar o alcoolismo, seja às custas de anticonvulsivantes (carbamazepina). Estes últimos também úteis no Transtorno Explosivo.
Mesmo reconhecendo as terríveis dificuldades práticas de algumas situações, as mulheres vítimas de violência física podem ter alguma parcela de culpa quando o fato se repete pela 3a. Vez. Na primeira ela não sabia que ele era agressivo. A segunda aconteceu porque ela deu uma chance ao companheiro de corrigir-se mas, na terceira, é indesculpável.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram agredidas fisicamente por seus parceiros entre 10% a 34% das mulheres do mundo. De acordo com a pesquisa “A mulher brasileira nos espaços públicos e privados” – realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, registrou-se espancamento na ordem de 11% e calcula-se que perto de 6,8 milhões de mulheres já foram espancadas ao menos uma vez.
FONTE: NOTA POSITIVA

Violência Psicológica

A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida.
Um tipo comum de Agressão Emocional é a que se dá sob a autoria dos comportamentos histéricos, cujo objectivo é mobilizar emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e de importância. A intenção do(a) agressor(a) histérico(a) é mobilizar outros membros da família, tendo como chamariz alguma doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exija atenção, cuidado, compreensão e tolerância.
É muito importante considerar a violência emocional produzida pelas pessoas de personalidade histérica, pelo fato dela ser predominantemente encontrada em mulheres, já que, a quase totalidade dos artigos sobre Violência Doméstica dizem respeito aos homens agredindo mulheres e crianças. Esse é um lado da violência onde o homem sofre mais.
No histérico, o traço prevalente é o “histrionismo”, palavra que significa teatralidade. O histrionismo é um comportamento caracterizado por colorido dramático e com notável tendência em buscar atenção contínua. Normalmente a pessoa histérica conquista seus objectivos através de um comportamento afectado, exagerado, exuberante e por uma representação que varia de acordo com as expectativas da plateia. Mas a natureza do histérico não é só movimento e acção; quando ele percebe que ficar calado, recluso, isolado no quarto ou com ares de “não querer incomodar ninguém” é a atitude de maior impacto para a situação, acaba conseguindo seu objectivo comportando-se dessa forma.
Através das atitudes histriônicas o histérico consegue impedir os demais membros da família a se distraírem, a saírem de casa, e coisas assim. Uma mãe histérica, por exemplo, pode apresentar um quadro de severo mal-estar para que a filha não saia, para que o marido não vá pescar,   não vá ao futebol com amigos... A histeria quando acomete homens é pior ainda. O homem histérico é a grande vítima e o maior mártir, cujo sacrifício faz com que todos se sintam culpados.
Outra forma de Violência Emocional é fazer o outro se sentir inferior, dependente, culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terríveis. A mais virulenta atitude com esse objectivo é quando o agressor faz tudo correctamente, impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência. O agressor com esse perfil tem prazer quando o outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente. Normalmente é o tipo de agressão dissimulada pelo pai em relação aos filhos, quando esses não estão saindo exactamente do jeito idealizado ou do marido em relação às esposas.
O comportamento de oposição e aversão é mais um tipo de Agressão Emocional. As pessoas que pretendem agredir se comportam contrariamente àquilo que se espera delas. Demoram no banheiro, quando percebem alguém esperando que saiam logo, deixam as coisas fora do lugar quando isso é reprovado, etc. Até as pequenas coisinhas do dia-a-dia podem servir aos propósitos agressivos, como deixar uma torneira pingando, apertar o creme dental no meio do tubo e coisas assim. Mas isso não serviria de agressão se não fossem atitudes reprováveis por alguém da casa, se não fossem intencionais.
Essa atitude de oposição e aversão costuma ser encontrada em maridos que depreciam a comida da esposa e, por parte da esposa, que, normalmente se aborrecendo com algum sucesso ou admiração ao marido, ridiculariza e coloca qualquer defeito em tudo que ele faça.
Esses agressores estão sempre a justificar as atitudes de oposição como se fossem totalmente irrelevantes, como se estivessem correctas, fossem inevitáveis ou não fossem intencionais. "Mas, de fato a comida estava sem sal... Mas, realmente, fazendo assim fica melhor..." e coisas do género. Entretanto, sabendo que são perfeitamente conhecidos as preferências e estilos de vida dos demais, atitudes irrelevantes e aparentemente inofensivas podem estar sendo propositadamente agressivas.
As ameaças de agressão física (ou de morte), bem como as crises de quebra de utensílios, mobílias e documentos pessoais também são consideradas violência emocional, pois não houve agressão física directa. Quando o(a) cônjuge é impedida(a) de sair de casa, ficando trancado(a) em casa também se constitui em violência psicológica, assim como os casos de controlo excessivo (e ilógico) dos gastos da casa impedindo atitudes corriqueiras, como por exemplo, o uso do telefone.

Violência Verbal

A violência verbal normalmente se dá concomitante à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar. Em decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à violência masculina, a mulher tende a se especializar na violência verbal mas, de fato, esse tipo de violência não é monopólio das mulheres.
Por razões psicológicas íntimas, normalmente decorrentes de complexos e conflitos, algumas pessoas se utilizam da violência verbal infernizando a vida de outras, querendo ouvir, obsessivamente, confissões de coisas que não fizeram. Atravessam noites nessa tortura verbal sem fim. "Você tem outra+o).... Você olhou para fulana+o)... Confesse, você queria ter ficado com ela (e)" e todo tido de questionamento, normalmente argumentados sob o rótulo de um relacionamento que deveria se basear na verdade, ou coisa assim.
A violência verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até em pessoas que permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que um comentário ou argumento é esperado para o momento, se cala, emudece e, evidentemente, esse silêncio machuca mais do que se tivesse falado alguma coisa.
Nesses casos a arte do agressor está, exactamente, em demonstrar que tem algo a dizer e não diz. Aparenta estar doente mas não se queixa, mostra estar contrariado, "fica bicudo" mas não fala, e assim por diante. Ainda agrava a agressão quando atribui a si a qualidade de "estar quietinho em seu canto", de não se queixar de nada, causando maior sentimento de culpa nos demais.
Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação da família e do trabalho do outro. Um outro tipo de violência verbal e psicológica diz respeito às ofensas morais. Maridos e esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o(a) outro(a), fazê-lo(a) sentir diminuído(a). O mesmo peso de agressividade pode ser dado aos comentários depreciativos sobre o corpo do(a) cônjuge. 

O que fazer se for uma vítima de violência



Ainda que não haja sinais externos de agressão, deve recorrer ao hospital local (de preferência), centro de saúde ou médico particular para ser observada e tratada; é importante identificar o agressor. Se reside nas grandes áreas de Lisboa, Porto e Coimbra, deve dirigir-se para exame médico-legal, ao respectivo Instituto de medicina Legal, onde está, diariamente, escalado um perito médico-legal.
Fora destas áreas, deve dirigir-se aos Gabinetes Médico-legais, a funcionar continuamente, nos Hospitais de: Almada, Angra do Heroísmo, Aveiro, Beja, braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco, Chaves, Évora, Faro, Figueira da Foz, Funchal, Guarda, Grândola, Guimarães, Leiria, Penafiel, Ponta Delgada, Portalegre, Portimão, Santa Maria da Feira, Santarém, Setúbal, Tomar, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira, Vila Real, Viseu.
Os Institutos e os Gabinetes podem receber denúncias de crimes e praticar os actos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de prova, procedendo, nomeadamente, ao exame de vestígios e transmitindo essas denúncias, no mais curto prazo, ao Ministério Público.
FONET: NOTA POSITIVA
Deve apresentar queixa contra o agressor, podendo, para o efeito, dirigir-se à esquadra (ou elemento da PSP em serviço na urgência do hospital), posto da GNR do local onde ocorreu a agressão ou Polícia Judiciária ou directamente ao Tribunal. Poderá também dirigir-se ao Instituto de Medicina Legal (Lisboa, Coimbra e Porto), ou aos gabinetes médico-legais, que funcionam em muitos hospitais de todo o País. Para qualquer destas diligências faça-se acompanhar, se possível, de familiar ou pessoa amiga.
Ao apresentar queixa, deve exigir documento comprovativo de a ter feito.
Se ao apresentar queixa contra o marido, companheiro, ou progenitor de descendente comum em 1.º grau (pais), receia que a sua integridade física ou psíquica, ou a dos filhos, fique ameaçada, pode sair de casa.
Deixar a casa em consequência de maus tratos que possam ser provados não prejudica o direito de ficar com os filhos, quando menores, de residir na casa de morada de família, de pedir alimentos ao cônjuge bem como o direito ao recheio da casa e outros bens do casal, no caso de vir, posteriormente, a divorciar-se.
A ocorrência de maus-tratos deve, tanto quanto possível, ser conhecida pelos familiares, incluindo os filhos, vizinhos ou pessoas amigas não só para poderem prestar assistência e apoio, como para poderem ser testemunhas em processo-crime ou de divórcio litigioso.
Os maus-tratos constituem um crime punido com pena de prisão ou de multa, podendo ainda ser aplicada a pena acessória de proibição de contacto com a vítima, incluindo a de afastamento desta.
Podem ser fundamento de divórcio ou separação litigiosa.

ABUSO SEXUAL INFANTIL

Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.

A CRIANÇA ABUSADA


Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.
Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.
A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.
Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.
Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família.
Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.
O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:
1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
2.Problemas com o sono ou pesadelos;
3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
6.Negar-se a ir à escola,
7.Rebeldia e Delinqüência;
8.Agressividade excessiva;
9.Comportamento suicida;
10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
11. Retirar-se ou não querer participar de esportes;
12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus genitais;
13. Temor irracional diante do exame físico;
14. Mudanças súbitas de conduta.
  Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de TRANSTORNO DE CONDUTA severo fantasiam e criam falsas informações em relação ao abuso sexual.
  Quem é o Agressor Sexual
Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.
Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.
  A Família da Criança Abusada Sexualmente  
A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.
Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas ações, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o psiquiatra.
Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais durante a infância.
O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.
1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."
2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.
3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.
4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.
5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.
6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.
7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.
8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.
9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.
10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.
11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.
12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.
13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.
15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.
16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.
17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.
ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
AGRESSOR
No.
%
PAI
77
52
PADRASTO
47
32
TIO
10
8
MÃE
4
4
AVÔ
3
2
PRIMO
2
1
CUNHADO
2
1
TOTAL
145
100

QUE FAZER

  
7.Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.

Seqüelas


Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da resposta familiar ao incidente  (EMBARAZADA COM). As reações das crianças ao abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para seus pais.
O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.
As principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Em relação a quadros psiquiátricos francos, o abuso sexual infantil se relaciona com o Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos (histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.
FONTE: PSIQWEB - PSIQUIATRIA GERAL

VIOLÊNCIA SEXUAL

INTRODUÇÃO
A violência sexual como um todo tem relação com as definições dos papéis sociais femininos e masculinas, ou seja, com o estudo de gênero. Culturalmente e historicamente, o papel social do homem é definido como autoridade.
Os valores e prerrogativas culturais que definem o papel sexual masculino tradicional são o poder, a dominação, a força, a violência e a superioridade. Os valores e prerrogativas culturais que definem o papel sexual feminino são a submissão, a passividade, a fraqueza e a inferioridade.
Assim, normalmente, a questão da exploração sexual define explicações de caráter moralistas. O vínculo entre as relações sociais que organizam a exploração sexual e as relações de produção prevalece em qualquer tempo e não podem ser desconsideradas.
As manifestações de exploração e violência da sexualidade humana, o uso do corpo como um instrumento para produzir serviços, o despeito da vontade do indivíduo, têm resultado vários tipos de relações sociais, como escravidão, república e ditadura, ao longo da história. Por tais razões a violência sexual atinge muito mais mulheres e meninas do que pessoas do sexo masculino.
Este fenômeno está presente em todas as sociedades, das mais variadas culturas ao longo da história, independentemente da classe social.
VIOLÊNCIA SEXUAL
O problema violência sexual é uma realidade existente na sociedade em geral, no qual tem levado a conseqüências graves de exclusão como a vulnerabilidade e risco social, em que estão envolvidas crianças e adolescentes em situações de sofrimento de exploração sexual.
Esta violência sexual tanto contra crianças ou adolescentes resultam de um fenômeno complexo levando em consideração o contexto histórico, econômico, cultural e político. No enfoque destas condutas ilícitas irá infringir o direito universal à vida, à liberdade, à segurança e à dignidade humana.
Não obstante, é estimado pela indiferença da sociedade e pela cultura da impunidade dos agressores, o que resulta na violação às vítimas. No Brasil, entidades socialmente responsáveis estão engajadas na proliferação da política pública.
A Constituição Federal, em seu artigo 227, assegura à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida e à saúde, entre tantos outros, e garante que o Estado, a sociedade e a família têm o dever "… de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão…".
Enfrentar o problema da violência e da exploração sexual cabe estabelecer uma falta de desrespeito aos direitos humanos, além de refletir sobre as ações no plano de produção material da sociedade e sobre as mudanças no modo de pensar e agir da sociedade.
Nota-se que os avanços na legislação brasileira no que se refere ao sistema de garantias e defesa de direitos da criança e do adolescente, com destaque para o Estatuto da Criança e do Adolescente, são de uma enorme complexidade e qualidade que não tem sido identificados e incorporados nas práticas dos profissionais responsáveis pela implantação e implementação de Política Públicas no Brasil.
Este problema incide uma preocupação para a sociedade; no qual se pergunta qual a real conseqüência deste fenômeno? Uma resposta para esta indagação está na falta de estrutura familiar, ou seja, a ausência da figura dos pais como forma de protetor e até mesmo a falta de um atendimento no aparato judicial.
De acordo com as dificuldades que se encontra na legitimação desses princípios verifica-se um modus operandi dos atores envolvidos, caracteristicamente marcado por uma cultura que, em muitos aspectos, mantém princípios e representações que são antagônicos à cultura da proteção integral, o modo de pensar e práticas instituídas ao longo da história não desaparecem apenas com as mudanças na legislação. A questão ideológica aponta-se a necessidade da busca da existência de pensamentos históricos, que só lentamente são alterados, a partir do estabelecimento de novas indagações, além da criação de condições objetivas para incorporação dessa nova forma de pensar e agir.
No Código atual o dispositivo, no art. 218, prevalece que o espírito da lei é o de preservar a moralidade pública e os bons costumes. O dispositivo é importante, nos dias de hoje, na medida em que ajuda a proteger o relacionamento sexual saudável, ao mesmo tempo em que constitui mais uma arma no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na prostituição.
A visibilidade à questão da violência resulta no movimento da sociedade e do Estado na construção dos direitos da criança e do adolescente, através de discussões, fóruns, debates e mais fundamentalmente pela aprovação de leis amparadas pela Lei, assim crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e de desenvolvimento e não seres incapazes ou objetos de obediência e controle.
Esta discussão ocorre desde as civilizações antigas, no qual os direitos humanos eram usados durante a guerra fria para atacar os regimes soviéticos significando um padrão de respeito e dignidade do ser humano.
A sociedade vem adquirindo mais consciência do problema, assim muita pessoas tem buscado denunciar através do Estado é um canal aberto, mas precisa estar articulado a uma rede. A denúncia pode trazer mais visibilidade ao problema.
O trauma do abuso sexual pode afetar o desenvolvimento de crianças e adolescentes de diferentes maneiras, uma vez que alguns apresentam efeitos mínimos ou nenhum efeito aparente, enquanto outros desenvolvem severos problemas emocionais, sociais e psiquiátricos. O resultado do abuso sexual está relacionado a fatores internos à criança, como vulnerabilidade e risco social. Algumas conseqüências negativas são características em crianças que não dispõem de uma rede de apoio social e afetiva.
A característica de risco mencionado acima se refere às características que podem levar a resultados negativos, fragilizando a pessoa diante de situações de interesse, desta forma o fator de proteção inibe a intensidade deste risco e tem sido identificado no cuidado fornecido pela família que reforça a identificação com nas características pessoais, como a habilidade para resolver problemas, a capacidade decativar pessoas, competência social, crenças de controle pessoal sobre os eventos de vida e senso de auto-eficácia e na possibilidade de contar com o apoio social e emocional de grupos externos à família.
Sabendo-se que o desrespeito é o principal causador de violência, pode-se então combater a violência diminuindo os diferentes tipos de desrespeito, seja o desrespeito econômico, o desrespeito social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as pessoas. A melhor maneira de prevenir a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação.
As autoridades precisam estimular relacionamentos mais justos, menos vulgares e mais reverentes na sociedade. O governo precisa diminuir as grandes diferenças de renda e cessar o excesso de liberdade. A vulgaridade, praticada nos últimos anos vem destruindo valores morais e tornando as pessoas irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconseqüentes. A Boa educação é o principal fator norteador para a formação do cidadão, assim serão reforçados os deveres de todos.
É de verificar que este descaso dos poderes públicos, a falta de políticas públicas e de iniciativa em favor da inclusão dos jovens no mercado de trabalho para que possa afastar este problema.
CONCLUSÃO
Em síntese, as medidas decorrentes dos esforços comuns para solucionar o problema, incluem projetos repressivos e preventivos, conduta legal e legitimada pela população consciente, envolvendo mudança de hábitos, troca de valores e solidariedade.
O termo geral deste problema que é cultural ainda está muito presente na sociedade e deve ser trabalhado em todos os segmentos.
O enfrentamento do problema requer combate ao analfabetismo das populações carentes e à falta de formação profissional, gerando um bem-estar saudável e uma vida digna, somente assim, as pessoas sentir-se-ão incluídas como cidadãos.
As medidas e soluções apontadas não são definitivas nem pretendem solucionar um problema desta dimensão, tem-se a consciência que o fato é histórico, complexo, embasado na necessidade social, portanto, conduta difícil de ser abolida.

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